Às vezes detestava o céu azul, limpinho, perfeitinho. Tudo aquilo esquentava demais as minhas horas de ônibus de casa para o trabalho e, em abril, siginifica fim de tarde com chuva. Justo na hora em que sairia do trabalho, justo no dia em que tinha esquecido o guarda-chuva. Exatamente no dia em que não podia virar abóbora.
Os óculos escuros embaçavam a cada segundo com o calor humano do ônibus e suas janelas ainda fechadas por causa da chuva de meia hora atrás. Pessoas incomodadas nos bancos esmagadas pelas mochilas cheias e pesadas que arrebentavam os ombros já carregados de estafa.
Elevador quente e barulhento, calor na falta de ar condicionado tão cedo de manhã. Computador que lentamente ia acordando de um feriado que dizem prolongado, mas cortado pelo necessário final de semana.
Nem bem 8h da manhã e já enfio os fones no ouvido com o som alto de helter skelter a gritar para me fazer acordar com goles de café.
Mais uma insana terça-feira, como cara de segunda e canseira de sexta.
E é tudo um exagero de quem precisava de férias e um pouco de inverno. Aceito.
Um comentário:
Também anseio por férias e inverno!
Calor humano em excesso e falta de espaço têm me deixado mais cansada do que o próprio trabalho... =/
Mas veja o lado bom: pelo menos vc pode colocar fones de ouvido com som alto, enquanto que eu tenho q escutar adoráveis crianças saltitantes, cheias de energia o dia todo (apesar de não ser todo dia, pesa um pouquinho..rs)!! :DD
Postar um comentário