Você é ferida e sente que toda a força do seu corpo se esvai, devagar, deixando o rastro de calor, a ardência de uma raiva talvez de si próprio, talvez do objeto, do outro, de você no outro. Um desconforto insuportável como algo pontudo entrando e saindo de seu estômago, de seu peito.
Desconfiança de si mesmo, de suas crenças, da felicidade. Procura-se um lugar dentro onde haja aconchego e a cabeça te leva a lugares doloridos, escondidos. A necessidade de esquecer a dor faz com o sua mente procure fora qualquer coisa na qual possa concentrar toda a atenção e interesse, e apaga-se.
O sono é a cura para todo o mal de ontem. Amanhã deve chegar logo, hoje deve acabar depressa.
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