Sabe aquela frase 'a ignorância é uma benção'? Então, acho que começo a concordar com ela, em casos específicos, logicamente. Antes de expô-los, sei que você pode dizer que é uma delícia ignorar os horrores do mundo e sair feliz tomando sua cerveja. Nesse caso, devo discordar. A informação pode libertar. A reflexão tem o poder de mudar nossas atitudes e de nos tirar de um ciclo infinito de horrores. Eu acredito nisso.
Porém, há informações que tenho plena convicção de não haveria nenhum dano à sua formação e construção de valores se ela não chegasse até você. Algumas informações servem apenas para criar dor, sofrimento, angústia, te deixar completamente alheio à qualquer tentativa de conserto frente à certa situação. Não importa o quanto eu ache importante a informação chegar a todos os lugares, há ainda essas obscuridades da alma humana que devem ser tratadas em consultório e com mais ninguém.
Você pode me chamar de preconceituosa, e isso se dá por conta da falta de dados que te ofereço com esse texto. Daí que você tem o direito de me julgar. Não posso dar as informações já que elas podem gerar tanto. Talvez essa seja uma dessas situações em que dar as informações seja fazer sofrer. Então, aqui, não digo mais nada, apenas que é necessário tomar cuidado com o que e a quem é dito o que você guarda tão dentro de você. É preciso compreender que nem todos são os melhores interlocutores para suas dores, para suas angústias, decepções. E que há coisas que não se diz nem com toda a decepção e desilusão do mundo.
Não custa nada pensar antes de falar. Não há nervosismo que justifique certas escolhas semânticas.
Um comentário:
Mother is watching you still.
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