sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amanhecer

Apesar de toda a dor de acordar cedo, e que tenho passado todos os dias (menos às sextas) por causa do meu novo horário de obrigações e afazeres, sinto um prazer absurdo quando chego ainda antes do almoço em casa com tudo o que havia planejado cumprido.

Acordar com beijinhos doces e a preguiça maior do mundo, querendo alongar os curtos minutos que separam a cama quente do metrô lotado, do ônibus demorado, do frio meio abafado desses dias de outono. Esquecer de pentear o cabelo, sonhar acordada enquanto a cidade vai correndo debaixo e em cima da terra. Ter pesadelos também faz parte do processo 'acordado'. E achar um cantinho para ler algumas palavras em algum dos livros que escolho na hora, todos guardados dentro da minha mochila, também.

Aí aparece o mundo frio molhado da grande cidade universitária, seus papos chatos de corredor, suas pessoas perdidas, sonolentas. Aconchego as folhas xerocadas dentro do caderno e corro para a segunda obrigação. Até tentei fazer meu óculos hoje, mas a busca pelo óculos perfeito ficará para o final de semana, quiçá semana que vem. Tá difícil.

O caminho de volta para casa, descendo o morro da USP para o mundo real é feita por meio de respirações profundas ... todas de satisfação. Uma bobeira burguesa de dever cumprido, de trabalho concretizado, bem-feito, acabado. Achieved goals.

Assim, com essa tranquilidade, restou-me estudar um bucadim, responder e-mails, almocinho familiar e rumo à segunda parte do dia, na qual me encontro agora. Trabalho. Aguardo a terceira parte do dia...a definir.

Um comentário:

Paula Oliveira disse...

Ai que lindo, mana! É sempre bom passar por aqui e ver que está indo tudo bem ;)

Saudade-saudade!