CLUBE DO CAMBA: Dois

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dois

Toques de dedos nas costas descobertas
Arrepios debaixo do lençol
Censuras largadas entre sussurros amanhecidos
Febre de dentes.

O colorido de dois olhos amigos
De duas almas perdidas
Do encontro dos dois corpos.

2 comentários:

Anônimo disse...: Eu diria que quando isso acontece é mais do que corpos que se encontram. Olhares que conversam são almas de mãos dadas...; 26 de maio de 2008 às 15:45
Anônimo disse...: Adorei "dois olhos amigos" ... "duas almas perdidas" ... "encontro de dois corpos". Sintetizam a cumplicidade e a entrega. Coisas de amor... =)
Liiiiiiiindo!!!; 26 de maio de 2008 às 22:11

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Defenestrações

Atiro-me, desgarrada, infame, desprotegida. Atiro-me aos braços do amigo, do inimigo, do sorriso, da lágrima. Atiro-me ao riso, à dor, ao sofrimento. De olhos fechados, prendendo a respiração, atiro-me para frente. Meus pés desgrudam-se lentamente da superfície gélida. Atiro-me ao infinito, liberto-me do insuportável, desagradável, do desconforto, do desaconchego. Atiro-me à liberdade, à esperança, ao sonho. Atiro meus textos em páginas em branco. Minhas idéias desconexas e confusas ao acaso. Minhas histórias pela janela. Defenestro-me, e assim o faço com minhas elucubrações, minhas paixões, meus desejos.

Marina Migliacci