sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A sorte de um amor tranquilo...well, almost!

2009 começou muito bem. Uma ótima continuação de 2008, que foi um ano de conquistas extremamente importantes na minha vida, de lições valiosas, de posicionamento profissional e pessoal, escolhas importantes, foco. Comecei o ano numa praia linda, numa cidade que eu adoro e que, por mais defeitos que eu encontre, eu sempre quero voltar. Pé na areia, descanso, enxergar o horizonte. Em São Paulo o horizonte é apenas metafórico. Já no Rio essa imagem se faz real e transforma o metafórico da cidade na concretude da imensidão do mar.

Aí voltei para a realidade da conta negativa, do trânsito da manhã, do computador, dos papéis bagunçados em cima da mesa e do amor. Descobri que ele existe da forma mais pura e sincera, que ele cresce com o tempo, que ele aperta com a distância, que ele dói gostoso com a felicidade. Descobri que o amor é leve, que é tranquilo, que ter aqueles olhinhos verdes ao meu lado trazem uma paz e uma vontade de fazer sempre mais.

Também descobri o valor das palavras. Estou aprendendo a dar valor a elas. Aprendendo que os sentimentos não são óbvios e que, por mais transparentes que tentemos ser, não há nada mais bonito do que encontrar palavras que tentem traduzir o que sentimos e como sentimos. E como isso é importante, sendo transmissor ou receptor da mensagem.

Mas, uma vez por mês, às vezes até menos do que isso, durante um ou dois dias, que infelizmente sempre caem no final de semana, eu sou atacada por uma deprê, um desânimo, uma carência extrema, fico cheia de manha, chorosa, completamente louca. Com isso, todo o meu amor sofre com a impaciência contraditória de quem já mostrou ser descendente de Jó (mas que no fundo sempre foi ansiosa, só aprendeu a controlar).

Durante dois dias eu duvido de tudo que foi descrito acima, eu esqueço de tudo o que aconteceu, eu quase me desespero. São dias difíceis na vida de uma mulher. São dias que a gente mostra o quanto somos desequilibradas, mesmo afirmando o contrário no resto do mês.

Depois que esses dias passam, fico com uma ressaca de TPM. Fico me achando exagerada (e não é por menos), fico querendo 'consertar' a merda daquela outra mulher insana que toma conta de mim durante o final de semana. Aquela mulher insegura, chata, pegajosa. 28 dias no mês na maior tranquilidade, paciência e liberdade para ter ressaca de dias por causa de um final de semana incorporada pela personificação do pesadelo. Impressionante é que quanto mais segura eu estou em relação às minhas escolhas, a minha vida, ao meu amor, mais insegura eu fico nesses dois dias de terror. Uma relação diretamente proporcional.

E agora passou. Além disso, descobri um remédio ótimo para estresse e ansiedade, e mês que vem espero que esses dois dias não sejam desperdiçados com nóia que não pertence a mim (de jeito nenhum).