quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Orides Fontela, em "Rosácea", 1986

Só porque

erro

encontro

o que não se

procura



a busca
a coisa

a causa da

procura

só porque

erro

acerto: me construo.

Margem de

erro: margem

de liberdade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Arraaaaaasa, Bonita!!!!!



Ela vai embora quarta-feira. Minha irmãzinha conquistada há alguns anos e mantida a base de risada, de carinho, de amor. A Tina é a pessoa que mais esteve presente em minha vida nos últimos sei lá quantos anos. Foi ela quem esteve do meu lado durante todas as baladas, botecos, cinemas, bobagens jogadas no sofá, lágrimas, muitas lágrimas e sorrisos.

É com lágrimas (muitas) e sorrisos que eu desejo tudo que há de mais maravilhoso para você nesta sua viagem. É com muita felicidade que vou lembrar dos nossos surtos e arrastar por aí ouvindo as músicas das bandas que você me apresentou.

É com lágrimas nos olhos que vou dizer até logo a irmã que me fez enxergar coisas que nunca conseguiria sozinha. Que me ensinou a ser eu mesma. Que me fez ver quem eu era de verdade.

Com amor de ter feito parte da sua vida estes anos que mandarei sempre meu carinho e minhas energias positivas (tô recarregada) para que a gente se encontre por terras gringas para surtarmos nas avenidas de LA. É com saudade que já escrevo este post de despedida, de boa sorte, de tudo de bom.

O trio sempre meio desfalcado pelo camba de uma das manas não será o mesmo sem suas risadas, sem o pescocinho (rsrsrsrs), sem o cabelão, sem a chapinha. Minhas tardes de domingo não terão o gostinho que elas tiveram até hoje.

Te amo, mana! Tenho orgulho de fazer parte da sua vida e agradeço sempre por você fazer parte da minha. Você é amiga que eu sempre quis ter para mim, só para mim. HAHAHA!

Tina Curly, arrasa bonita!

ps. já tinha escrito um, mas faz tanto tempo, que parece que eu soube semana passada só que você ia embora! Aí embaixo tá o primeiro, escrito com a mesma saudade enorme e antecipada que eu escrevo este.


Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Mana Linda
Eu tenho uma amiga-irmã linda. É aquele tipo de amizade 24hs - todos os dias, há alguns anos. Há algum tempinho, essas 24hs se tornaram menos metafóricas. Passamos a dividir a mesma baia numa empresa de marketing na rede mundial de computadores - a grande teia. Hoje já começo a me despedir dela. Com todo o merecimento pelo sua capacidade e fodalidade, ela está se mudando para o país matriz desta mesma empresa.

Senti que com toda a emoção esquisita de estar feliz e com saudade de uma das pessoas mais importantes da minha vida (junto com o pacote família - meu e dela), precisava fazer uma pequena homenagem a esta Femme Fatale.

Esta querida foi a mim apresentada pela sua irmã quando estudávamos juntas para o ingresso na Universidade. Em pouco tempo, Ana Lígia percebeu que éramos bastante parecidas em vários aspectos.

A partir daí, começamos a frequentar os bares da vida. Fui apresentada a uma infinidade de bandas que hoje fazem parte das my favorites, bares, pessoas, lugares e pelas noites dessa cidade suja nos divertimos às custas do nosso alcoolismo crescente. rs.

Não há ninguém que conheça mais as minhas histórias, as minhas neuras, as minhas bobagens, a minha esquizofrenia, a minha insegurança, as minhas felicidades, minhas nóias, minhas paixões, minhas brincadeiras tontas, minha timidez ocasional, meu humor sarcástico, meu azedume latente, o mau humor das minhas manhãs, o bom humor crescente das noites de quinta, sexta e sábado, o meu ciúme idiota, entre tantas outras coisas, e que além de conhecê-los, respeita tudo isso enquanto tira o maior sarro da minha cara.

Ela é uma das pessoas que mais tenho orgulho de ter por perto. Além de ser foda, como já foi mencionado neste mesmo post, é inteligente, linda, divide uma mesa de bar com qq pessoa, e sabe o que fazer na mesa de bar com qq pessoa, toma vodka e seleta como nunca vi, cabeça aberta para entender as coisas da vida e dar conselhos e muito mais coisas que faltam palavras para expressar toda sorte de características que a fazem ser a minha mana.

Eu desejo todo o amor que houver nessa vida! rs...que vc se jogue em LA e passe por um mundo de boas experiência. Que conheça as pessoas fofas, que vc se dê suuper bem, que cresça sempre, que vc seja feliz por lá. E que tenha um colchãozinho vago para minha visita.

Muá Muá Muá
bjomeliga

domingo, 27 de janeiro de 2008

De repente...novidade

É incrível como a vida surpreende. Pequenas coisas, mesmos lugares, mesmas pessoas, algumas novas pessoas e bum! tudo diferente, tudo novo, mais divertido, mais gostoso, esqueminha São Luis, a alegria de copos de campari e cervejinhas geladas. EEEEEEE Goiás!!

A mesma rua Augusta de sempre e uma noite completamente diferente de duas semanas atrás - minha última visita a ela durante às noites sujas e bem acompanhadas de mulheres meio maluquinhas e bem resolvidas.

A gente descobre como se divertir parando de insistir no mais do mesmo. A gente abre possibilidades de risadas na alegria de um copo gelado entre piadas babacas, gente engraçada, Frank Zappa disfarçado de bêbado e música boa, muito boa...tipo muito!

Jogadas na pista, as escorpianas lamberam a pinga que o diabo derrubou! E o sorrisão não descolou o rosto em nenhum momento de uma noite como não se via há tempos por esses lados do Rio Pinheiros.

Domingo de ressaca, risadas entre cochilos longos e toques de telefone. O almoço de despedida e a volta para casa. É sempre bom ser recepcionada com uma caneca de café e um maço completo do seu Carlton. (ainda tô no processo diminuir, o que foi levemente esquecido este final de semana, mas já retomado neste início de noite de domingo).

Amanhã começa tudo de novo. Mas o carnaval já tá logo aí. Tremembé e sua piscina arrasadora que nos aguarde. Maluquinhas, meio xarópinhas ainda vão se resolver por aqueles lados desse Estado.

It's getting so much better all the time!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Perfect Day - Lou Reed

Just a perfect day
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home

Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
you just keep me hanging on

Just a perfect day
problems all left alone
Weekenders on our own
it's such fun

Just a perfect day
you made me forget myself
I thought I was someone else
someone good

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
you just keep me hanging on

You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow

Caçador de Pipas

Por você eu faria mil vezes...

Baba tem postura orgulhosa, ética, contrária aos abusos religisos do país seco, árido. Hassan é doce, querido, fiel, amigo, corajoso. Amir é humano. É isso que o aproxima de todos nós - sua fraqueza, sua covardia, seus medos, angústias.

Hassan se sacrifica em benefício da amizade e do sorriso de Amir. E Amir se esconde de vergonha. Não conseguindo viver com a dor de ser humano, acaba por afastar aquele que era seu irmão mais do que irmão.

A bela adaptação do 'Caçador de Pipas' das páginas amareladas para a tela empoeirada do Afeganistão e 'promissora' do EUA, faz chorar por ser tão fiel e tão digna de ser assistida.

Montagem impecável. Ansiedade de detalhes. Muitos detalhes - é como se você estivesse lendo o livro na tela. As lágrimas antecipam-se aos fatos e as cenas à história.

Lindo - violento, dolorido, sofrido.

Bom filme.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Manias e Hábitos

Os meus, lógico. A porra da mania de me dedicar às coisas erradas na minha vida. Algumas mudanças de hábito programadas para 2008, algumas já em prática desde segunda-feira (oficial início para mim).

Eu tenho o péssimo hábito de escolher o que me ajuda menos, o que é menos interessante a mim e acabo ocupando meu tempo, pensamento e dedicação a coisas e pessoas que não me beneficiam de forma alguma. Eu perco meu tempo com coisas e pessoas que não perdem o tempo comigo.

2007 foi um ano bom em certos aspectos, e nos ruins, aprendi a não desperdiçar energia. Pena ter demorado para me encher o saco disso tudo. Pena ter precisado derramar por aí minha disposição e comprometimento. Pena continuar tendo que derramar, mesmo que por pouco tempo.

A partir de agora é tentar consertar as cagadas e mudar de vida, de perspectiva, de objetivo, de visão.

A vida acadêmica é para mim minha maior paixão e onde dediquei o menor esforço no último semestre. Minha cabeça estava concentrada em pouca bosta ou em bosta nenhuma. Minha vida estava direcionada à algo que não me leva a lugar algum, e mesmo com meu empenho, não me levará também a lugar algum.

Durante o semestre decidi o que quero fazer da vida. E foi na minha decisão que me perdi, de novo. Meus cérebro tava fabricando outras coisas - vazias, e perdi espaço para o nada.

Eu quero escrever, quero analisar, quero criticar (literatura). Quero escrever minhas bobagens, mais. Escrevi outras bobagens e, mediocremente, passei o segundo semestre de 2007 enrolando o que eu queria na prática.

Meu tempo foi sugado e eu fui sugada para um mundo no qual não me sinto parte, confortável, encaixada. (Graças a Deus, diga-se de passagem).

Meu ano começa com muita reflexão sobre minhas escolhas. Sobre minhas prioridades. É engraçado, até. Perdi.

Minhas resoluções de 2008 são uma reestruturação das minhas resoluções de 2007. Vou começar tudo de novo. Vou me dar a chance de fazer o que eu teorizo há tanto tempo.

Coisinhas pequenas - tô parando de fumar. Cortei mais da metade do meu vício. Fumo só para dar uma respirada durante o trabalho. Uma desculpa para dar uma respirada. De quase um maço por dia (20 cigarros, para leigos) para 4 ou 5 por dia. Às vezes menos, às vezes nenhum.

Voltarei à yoga. Acordar cedo e tentar equilibrar o que desequilibra minha auto-estima, minha saúde. Minha aula experimental é segunda que vem. Dormir também é uma nova. Chega de não descansar, de não me dar o prazer de dormir, de sonhar. Eu vou curar meu distúrbio e vou me disciplinar e dormir.

Cansei da noite de São Paulo. Sempre um pouco mais do mesmo. Cansei de umas outras coisas também, mas acho desnecessário apontá-las. Coisas que só mudam de nome, ams que no fundo são sempre as mesmas.

Quero ver outras noites, as que eu não conheço. Noites que eu imagino. Estou me retirando do cansaço e do automático. Estou tentando ir para o espontâneo e disposto.

A gente precisa mesmo se foder para chacoalhar. É incrível de ridículo.

Se alguém quiser me acompanhar, welcome. Se for para repetir, sorry.

Beijomeligadesejemboasorte

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sombras de Goya

Fui assistir ao filme ontem com minha hermana. Adoro a espera para entrar na sala de cinema. Comer um negocinho, tomar café, dar voltas intermináveis em livrarias, falar um monte de bobagem, analisar a condição de solteiras e o futuro que nos aguarda e esperar, esperar. O gozo está na espera, me falaram.

Os trailers iniciais me deixaram com a vontade de voltar para ver alguns outros. 'A vida dos Outros' eu ainda estou devendo ao ConCa. 'O Caçador de Pipas' quase me fez chorar na sua curta apresentação de 3 minutos. Para aqueles que leram o livro, os rostos de Hassan e Amir se encaixam com os atores escolhidos. Baba podia ser um cara maior. As cenas da tomada do Afeganistão impressionam (dentro dos 3 minutos, as cenas do trailer não completam um minuto e já causaram impacto). Além destes, interessei-me por 'A Culpa é do Fidel', sem muitos detalhes.

Minha repulsa pela Igreja Católica aumentou um pouco após Goya. A Inquisição é o fator que faz desenrolar e enrolar a trama do filme. Ao analisar obras do artista que eram vendidas por toda a Europa e chegavam também na América, os padres iniciam uma discussão sobre a 'diabolicidade' daquele que retratava o mundo do feios e agonizantes em suas figuras.

A partir daí, padre Lorenzo incita nos clérigos o desejo ao retornno da severidade posta de lado pela Igreja. Deve-se, então, prestar atenção a qualquer atitude suspeita por parte da sociedade espanhola.

A vítima escolhida é a modelo de vários quadros de Francisco Goya, que durante um jantar com amigos e família em uma taberna, recusa-se a comer carne de porco. Inês é acusada de atitude 'judaizante' e é chamada ao interrogatório católico. A conhecida tortura a faz 'confessar' seu pecado e ela espera julgamento durante 15 anos no porão do monastério.

Sua família, abastada e religiosa família de comerciantes, sofrendo com a prisão da jovem filha, procura ajuda com o artita, que também havia trabalhado no retrato daquele padre Lorenzo, e pede intervenção.

Convidado pela família a um jantar em sua homenagem, participa de uma discussão sobre tortura e sua eficácia. Empiricamente demonstrada, torna-se claro, ao padre e ao espectador, o quanto essa prática é suja e maquiadora da realidade.

No vai e vem da história, o padre é forçado a fugir da Igreja e a jovem continua acorrentada no porão. Anos se passam e Napoleão invade a Espanha, ataca os cidadãos e impõe a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, derrubando a Igreja e os clérigos. O julgamento de seus membros é realizado por este que não é mais padre, mas só Lorenzo. Com discurso fervoroso a favor da tríade da Revolução, materialista, declara-os culpados.

A pequena Inês, 15 anos depois, é libertada das correntes da Igreja completamente desfigurada e desnorteada. As desgraças da vida dela não chegam ao fim, mas sua consciência em relação a elas torna-se quase nula.

A França e seus franceses corajosos são expulsos pelos ingleses e o poder retorna à Igreja. Novos julgamentos, vingança, insanidade, morte à Lorenzo - 'justiça'.

O filme é um retrato dos 'ideais' relacionados ao poder e à ganância. Toda a fé, tanto política e social, quanto religiosa, extingui-se com o trocar de cetro nos tronos de uma sociedade. Suas crenças são inerentes à posição que um indivíduo ocupa.

Além da dura reflexão, o filme mostra as belas técnicas e obras de um dos grandes artistas daquele país. Suas figuras agonizantes e agoniadas, dolorosas e dignas de pena, belas e verdadeiras, enchem a tela - do cinema e das tintas.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O Rio de Janeiro Continua Lindo

Uma cidade calorosa. Taxistas inconfiáveis, povo com excesso de 's' na boca, 30° a qualquer hora do dia e a noite....todinha para nós. O cristo redentor com os braços abertos a nos receber. A vista da cidade maravilhosa. Algumas ressalvas quanto à maravilha, mas deixemos o azedume e a crítica para o final do post.


Viagem com 3 pessoas lindas que fizeram da minha virada a experiência da sincronicidade - o grude mais gostoso e melado dos últimos tempos. Maninha Tina quebrou o pé e ficou pelos lados paulistanos do território do sudeste. Lembramos dela a cada gargalhada e palhaçada e espalhamos algumas das nossas bobagens por terras fluminenses.


Os arcos, o samba e o álcool. A Lapa não é glamurosa, não! mas é engraçda e foi lá que aprendemos nossa primeira lição importante para a sobrevivência no Rio. Gringo é sempre melhor tratado. Peça em inglês. Sempre.


Taxista só se não tiver Santana. Fuja de Santanas - escolha outros carros para se locomover. Desconfiando sempre.

Viagem de ida cara até o cristo....negociada para a volta. O brinde foi conhecer o samba enredo da Rocinha - a borboleta encantada - descendo o corcovado e cantando com um dos cariocas mais firmezas. Além de ser o único taxista de Santana que fugia à regra citada acima.

Dia 31 - último dia do ano. A balada foi em Ipanema. Jogados numa rave de milhões de pessoas, clima delicioso de final e recomeço, não tinha mais lugar para sorrisos e felicidade.



Valeu galera linda. Pelas risadas e novos slogans. O Brasil é nosso.



Plaaaaaaaaaaaaaaaaaau no Gato!!!!!

Macaco é 17!

arrasa