terça-feira, 27 de março de 2012

(Des)memórias de livros

Já parou para pensar como você começou a se relacionar com a a palavra escrita? Digo isso pensando lá atrás, quando você aprendeu a ler e escrever mesmo. Você se lembra como foi, se queria (estava ansioso) para aprender? Irmãos influenciaram? Pais e mães? Algum tio ou tia que fosse apaixonado por páginas repletas de histórias?

Comecei a pensar nisso novamente hoje, durante e após a aula de Didática. Era uma tarefa repensar, fazer essa regressão e tentar entender nossa história de formação. Minha memória anda meio de peixe e eu ando pulando muitas etapas com a cabeça cheia e esqueço de absolutamente tudo. Assim, depois de quase um mês da leitura do capítulo Memórias de livro, do romance Um brasileiro em Berlim, de João Ubaldo Ribeiro, volto eu a refletir sobre a minha iniciação no mundo escrito.

Nesse capítulo, é isso o que o autor (re)faz. Analisa seu passado em busca de todas as memórias de livro que construíram sua relação com eles como ela hoje. E estou aqui a pensar e lembrei bem de uma cena: Ronaldo com um bando de amiguinhos da escola na sala de jantar de casa, eu, intrometida, sentada perto. Todos elaborando mil e uma atividades e eu louca para participar daquilo tudo. Consigo lembrar de me trancar no meu quarto, coisa que fiz por toda a vida (que estou a fazer agora mesmo) e imitar com um caderno e um monte de canetas aquele ritual encantador de um monte de gente em volta de um papel a realizar, a produzir, criar, entender. Inclusive, 'usava' o Renato para fazer o papel do meu aluno enquanto eu rabiscava na lousinha imitando minhas professoras.

Estudei em uma escola chamada Pitanga Porã. Faz muito muito tempo e, apesar de eu ser dona de uma memória absolutamente absurda, estou na fase peixe, lembrem-se, e por mais força que faça, não lembro de muito mais do que festas juninas, os parques de areia e minha angústia quando me separaram do meu irmãozinho pequeno. 'Como ele vai ficar sozinho?', pensava eu, ingenuamente.

Ao que tudo indica, foi nessa escola onde aprendi a ler e escrever. Mas esse momento inicial parece ter ficado não só esquecido, mas como que diluído. Parece que esse momento nunca existiu, como se eu soubesse ler e escrever desde sempre. Assim, tudo o que aconteceu depois vem ordenado, cheio de detalhes, As Cores de Laurinha e os esforços de vender desenhos para comprar a bolsa de presente para a mãe, os contos de fadas todos desgastados de tanto que as páginas foram viradas, as invencionices que ficaram registradas em muitas páginas brancas por pouquíssimo tempo.

Lembro de passar finais de semana com minha tia Tutu e dela ler bastante nesse tempo em que ficávamos juntas. Um dia eu trouxe a minha 'Marca de uma lágrima' e, toda orgulhosa, deitei no sofá ao lado dela para eu também ler por toda a noite. Meu pai é newspaper addicted e sempre o vejo de óculos lendo as folhas da vida, revista e sendo a maior fonte de informação histórica que tive. A relação dele com livros não foi muito boa, até que eles romperam após Cem anos de Solidão. Nunca entendi o desentendimento. Minha mãe é estudiosa, está sempre com um livrinho de capas divinas e um lápis para anotações. Há pouco tempo também passou a escrever e tem um blog querido. Jamais deixa de aprender e está sempre ensinando muita coisa da vida.

Também tem a Andrea e o Paulo e com eles eu passei férias visitando livrarias e sebos, falando de histórias e querendo ler o que eles estavam contando. Ela escritora e ele tradutor, os dois cheios de contos para passar para frente, em meio a piadas e chocolate ou pipoca.

Depois veio a faculdade e eu, já decidida a ir pelo caminho das letras, isso porque queria ser escritora, tive crises fortes de identidade, de escolha, de rebeldia sem causa, mas nunca consegui ficar longe dos livros, nunca nos desentendemos. Eles, inclusive, me ajudam a me compreender melhor, a pensar, a criar, a copiar ideias boas, elaborar novas com o que já está dado. Para mim, é como se, assim como saber ler e escrever, eles estivessem nascido junto comigo.

Ótima companhia, professores e amigos que marcam momentos da vida, reflexões e vício.
Aliás, um livro gostoso e um café num dia friozinho, deitadinha em um lugar e a cabeça em outro qualquer. Um dos grandes momentos do dia.

Mas a relação com eles, com a leitura é construída não só diretamente, mas por meio dos lugares que você conhece e frequenta, pelas pessoas com quem você convive (e isso eu acho que explicitei acima de alguma maneira), os filmes que vê e o tipo de música que você escuta. Abrir espaço para conhecer de tudo é engrandecedor e acredito que um conhecimento vá influenciando o outro, mesmo os de 'áreas' distintas. O contato do popular ao erudito e a criação de pontos de vista a partir não de ouvir dizer, mas de conhecimento de causa. Após péssimas notícias acerca da relação do brasileiro com a leitura (que você pode ler aqui), é hora de todos repensarmos essa nossa história e tentarmos entender o que há de errado para fazermos algo em favor de uma melhora nesse quadro triste e alarmante.

Clube da Cozinha

Recebi um convite para participar de uma troca de receitas, coisa que estou denominando de Clube de Cozinha, gostei e resolvi postar aqui todas as receitas que vier a receber. Isso depois de prepará-las e inserir comentários sobre a facilidad em fazer e o sabor. Começo pelo meu afamado bolo de chocolate. Tudo em menos de 1 hora. Esquema Nigella de cozinhar.

ingredientes para a massa:
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 xícara de chocolate em pó
3 ovos
1 xícara de chá de leite
uma colher de sopa generosa de margarina sem sal
1 colher de sobremesa de essência de baunilha

ingredientes para o recheio
1 lata de leite condensado
2 colheres de chocolate em pó
1 colher de sopa generosa de margarina
2 colheres de sopa de leite
1 colher de café de essência de baunilha

cobertura
2 xícaras de açúcar
1 colher de sopa de chocolate
1 colher de sopa de margarina

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes da massa, separando apenas a clara da gema para batê-la em neve.
Bata a massa com batedeira sem a clara em neve e, quando acrescentá-la, misture somente com uma colher, vagarosamente.
Unte a forma com margarina e farinha e coloque a massa.
Dê três batidinhas no fundo (magiquiinha para fazer a massa crescer), coloque no forno e deixe por meia hora. Para saber exatamente o tempo que deve ficar, fique de olho no dourado da cor. E use palitos de dente para checar se a massa está sequinha.

Pronto.

Agora parta para o brigadeirão mole que será o recheio.
Misture tudo na panela, fogo baixo e mexa até virar a delícia cremosa que deve ser. Para saber se está pronto, a massa deve estar soltando da panela.

A cobertura deve ser feita após montar o bolo, já que ela deve ser colocada quente por cima de tudo.
Coloque tudo na panela, fogo baixo, misture até derreter. Cuidado com o açúcar, que pula e pode te queimar.
Assim que derreter, leve ao bolo e derrame tudo. Espalhe rápido, porque o açúcar seca muito rápido e endurece.

Done!

Parece muita coisa, mas é super rápido. Em menos de uma hora você tem um super bolo que parece que leva horas para ficar pronto!

A foto não é do bolo, mas é mais bonita do que as que eu tentei tirar. ;-)

domingo, 18 de março de 2012

Private Party



Luxo, carão - nem tanto assim - e mojito, que nem era meu.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Feliz aniversário, mon petit!

Porque você é doce.
Porque você é querido.
Porque você é lindo.
Porque me trata com carinho, com respeito.
Porque vejo nos seus olhos o amor que sente e o cuidado com que fala comigo.
Porque você é muito mais do que um dia esperei encontrar em alguém.
Porque você é muito mais do que alguém. Você é meu coisinho.

Porque você é meu primeiro pensamento ao amanhecer, meu maior companheiro durante o dia, meu aconchego na hora de dormir.
Porque você está presente mesmo quando está longe, mesmo quando estou dormindo, mesmo quando você quer paz.

Porque você é minha pessoa preferida.
Porque é com você que eu tenho as melhores conversas sempre.
Porque você tira o maior sarro da minha cara e me faz sorrir. Gargalhar.
Porque você não me deixou só quando era mais fácil.
Porque é com você que eu passo as melhores horas, dias, semanas, meses e anos da minha vida.
Porque você foi um grande presente e eu tento retribuir isso todos os dias.
Porque todas as suas ligações são recebidas ainda com aquela afobação que nos acomete no começo. E eu adoro não tê-la perdido.
Porque é uma delícia lembrar de tudo o que a gente já fez, as coisas que nos falamos para fazer carinho, os apelidos, nossas piadas.
Porque nós somos divertidos e nos divertimos sempre.
Porque você mora em mim e eu em você.
Porque, por mais que sejamos dois inteiros, há muito de você em mim e muito de mim em você.

Porque você é meu amor, mon petit chose, coisinho, pequeno, cotolengo, docinho, monstrengo. A sorte do meu amor tranquilo.

Parabéns por hoje, por todos os anos passados e pelos futuros.
Brindes por todo o ano novo e por todas as possibilidades e sonhos que ele te trará.

Eu te amo!

Sua coisinha

sexta-feira, 2 de março de 2012

The whole world inside our bedroom