terça-feira, 7 de julho de 2009

O trabalho enobrece (e individa) o homem

Eu tenho uma dívida há um bom tempo já. Fui levando para frente, odeio banco, queria evitar ao máximo o contato com essa instituição do demônio. Até sexta-feira passada - cobraram formalmente com a ameaça de mandá-lo para a outra instituição do demônio, o Serasa.

E aí, fodida, fodida e meia, vamos lá resolver, pagar o serviço que nunca utilizei e tirar isso da minha vida o mais rápido possível. Para piorar um bocado a minha situação, o tal banco, que prefiro nem mencionar o nome, fica na Vila Olímpia, a 'minha agência' fica naquele lixo de bairro. Lugar horroroso, fedido, confuso, bagunçado e perigoso.

Meu pai foi comigo para dar apoio moral, mesmo porque eu nem sabia o que dizer e estava mais propícia a sair quebrando tudo. Sabe banquinho?...é isso que aquilo é. Atendimento de merda, gente com cara de quem acabou de acordar e não lavou o rosto. A atendente me pediu vários minutinhos até me avisar que, como minha dívida já tinha ido para a cobrança eu tinha que ligar em outro departamento e ali não teria como resolver nada.

Atendimento telefônico. Milhões de minutinhos, por favor depois (são perguntas que todos que entram em contato com eles devem fazer e mesmo assim eles desaparecem na linha por minutos intermináveis para procurar a resposta) eu consegui descobrir um monte de bizarrices: a primeira delas é que você pode querer pagar, mas tem que ser do jeito deles. São eles que decidem se o valor é alto ou baixo para poder parcelar, por exemplo. A segunda bizarrice, a mais bizarra de todas: o boleto para pagamento pode ser retirado na agência ou vai direto para o meu e-mail (não, eles não mandam para sua casa, apesar de me mandarem milhões de correspondências por mês, e aí entraria a terceira bizarrice). Para eu poder pagar devo, então, retirar o boleto na agência ou imprimi-lo. No meu e-mail chega dentro de 48 horas (???????!!!!) e na agência, bom, eu estava estacionada na porta de uma, a minha ainda. Mas sabe, se eu entrar na agência no mesmo minuto que negocio o pagamento, pago a divída sem o 'descontão' que eles resolveram me dar, e se esperar as 48 horas sai tudo com desconto.

Eu me pergunto: Caralho, como assim? Se eu quero pagar hoje pago mais caro do que se pagar daqui 2 dias? Não é tudo informatizado? Não está tudo na porra do sistema que insiste em não funcionar quando eu estou precisando dele? Pois é. Daqui 48 horas eu imprimo o boleto e pago minha única dívida e me livro das eternas cartas que esse shitbank manda para mim.

Eu devia mandar a conta para meu ex-empregador! Eu só tenho essa conta, que NUNCA foi utilizada (nem senha dela eu tenho) por ter sido obrigada a abri-la para poder receber minha bolsa-estágio, que nunca foi depositada lá.

Um puta estágio esse que eu fiz. Além de aprender muita coisa por lá (verdade, aprendi mesmo...sem ironia aqui), conheci pessoas lindas e amadas até hoje eu ainda aprendi como se cobra, como se paga e como não se negocia.

Ahhhhh vá!

Um comentário:

Paula Oliveira disse...

Que horror. Eu odeio bancos, tb só tenho conta porque sou obrigada a ter para poder receber meu salário, mas nunca tive nem cheque nem cartão de crédito, já pra evitar dores de cabeça.
Mas eu também tive um problema parecido com o seu quando saí do meu antigo emprego e parei de usar a conta-salário. Um belo dia notei de que mesmo com a conta sem ser utilizada, eu tinha uma bela dívida com aquele banco do logotipo vermelho, presente em todas as cidades brasileiras. Resolvi cancelar a conta e foi uma verdadeira via crucis... Tinha que justificar tim tim por tim tim porque estava cancelando... um saco.
Quanto ao descontão após 48 horas, sei lá, acho q eles devem ganhar algum dinheiro em especulações bancárias pelo simples fato de ter um cliente com dívida... só sei que banco é uma instituição dos infernos. Odeio!

Ô mana, que saudade!!

Beijoooo!