Nossa mesa estava vazia e nos meus ouvidos os fones pendurados
no som que trazia de volta o cheiro de março, o verão à noite.
Caminhar por essa calçada é misto de desejo e saudade
e a trilha é extensa entre sorrisos, engasgo e lágrimas.
Hoje, no entanto, as lágrimas são de graça e não de dor,
dor que arranquei com a força dos dedos desiludidos e acordados.
E continuo em verso lavando o resto que sobrou da miséria de um amor perdido.
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