Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, faço-o para atrair o outro e logo descubro que só atraio a outros mascarados distanciando-me dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende as pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado, e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.
Tks, honey! adorei o texto, mesmo sem saber a origem. Amo-te! Orgulho de ser sangue do seu sangue...
segunda-feira, 31 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
CALL ME
Seu celular vibrava forte ao lado do computador. Seus olhos terminavam a última linha daquele parágrafo eterno e tedioso. Sábado à noite era um dia que dizem que se espera muita coisa. Ela não esperava há um bom tempo alguma coisa de um sábado à noite.
Uma cerveja com a mulherada, uma baladinha para dar risada e contar todos os últimos/de sempre bafões. Mais uma tragada, batom vermelho e uma preguiça de sair por aí.
Pretty baaaaaby...i fell in love with you!!
Another track, for God!
Mais uma olhada na caixa de e-mail e sua jornada geek ia dar uma parada até a volta dessa noite suja, mas graças a Jesus Cristo pregado, mais fria.
She's got Bette Davis eyes...
E seus olhos secos, cansados, eram disfarçados por uma leve sombra e um pouco de base, rímel, lápis, brilho, carão...Acrediiiita, bonita..hahahah...ops!
Tá...tô indo. Vamos ver qualéqueé de hoje, né?
Tem muita gente que acha que o Clube do Camba é um diário. Oi? Gente, eu não tenho 15 anos...hahahhahha! Tá, logo eu!
Bjomeliga
Uma cerveja com a mulherada, uma baladinha para dar risada e contar todos os últimos/de sempre bafões. Mais uma tragada, batom vermelho e uma preguiça de sair por aí.
Pretty baaaaaby...i fell in love with you!!
Another track, for God!
Mais uma olhada na caixa de e-mail e sua jornada geek ia dar uma parada até a volta dessa noite suja, mas graças a Jesus Cristo pregado, mais fria.
She's got Bette Davis eyes...
E seus olhos secos, cansados, eram disfarçados por uma leve sombra e um pouco de base, rímel, lápis, brilho, carão...Acrediiiita, bonita..hahahah...ops!
Tá...tô indo. Vamos ver qualéqueé de hoje, né?
Tem muita gente que acha que o Clube do Camba é um diário. Oi? Gente, eu não tenho 15 anos...hahahhahha! Tá, logo eu!
Bjomeliga
Presente Fernando Pessoesco de Rô Naddeo
"Não: não quero nada,
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-a!
(Trecho de "Lisbon Revisited", de Fernando Pessoa)
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-a!
(Trecho de "Lisbon Revisited", de Fernando Pessoa)
quinta-feira, 13 de março de 2008
Momento Texto Bom e Relevante
CONTARDO CALLIGARIS
É proibido viajar
A modernidade, que começou com a livre circulação, acaba proibindo a viagem
NO EPISÓDIO dos jovens pesquisadores brasileiros barrados em Madri, as autoridades espanholas agiram como se o cônsul-geral do Brasil contasse lorotas para facilitar o trânsito de imigrantes ilegais. O desrespeito justifica a "retaliação" brasileira.
No mais, a cada dia, as fronteiras do mundo (não só do primeiro) barram alguém que tenta viajar, sobretudo se for jovem, solteiro e sem as aparências de uma "vida feita".
Ao atravessar uma fronteira, o passaporte prova que estamos em paz com a Justiça de nosso país. As outras nações devem decidir se somos hóspedes desejáveis. Nas últimas décadas, as "condições" para ser desejável se multiplicaram. Hoje, no caso da Espanha: 1) 70 por dia de permanência planejada; 2) passagem de volta marcada; 3) reserva de hotel, já pago; 4) para quem se hospedar com parentes, formulário preenchido pelos mesmos; 5) quem se desloca para trabalhar deve dispor de um contrato assinado. Normas muito parecidas valem na maioria dos países.
O escândalo é que essas condições podem nos parecer "aceitáveis". Afinal, qualquer Estado quer proteger o emprego de seus cidadãos impedindo a chegada de imigrantes não-autorizados, não é? Pois é, Michel Foucault é mesmo o pensador para os nossos tempos: o sistema social e produtivo dominante ordena nossas vidas furtivamente, convencendo-nos de que não há opressão, mas apenas necessidades "racionais". Se achamos essas regras "aceitáveis", é porque já adotamos a idéia de que, no nosso mundo, só é legítimo ter moradia fixa e profissão estável.
As pessoas com moradia fixa podem, quando elas dispõem dos meios necessários, adquirir uma passagem de ida e volta e sair de seu lar seguindo um programa pré-estabelecido -ou seja, podem ser, ocasionalmente, turistas.
Escárnio: prefere-se que os turistas sejam otários, pagando de antemão. Há uma pousada melhor da que estava prevista? Você quer encurtar a viagem? Pena, você já pagou. Mas isso é o de menos. Importa o seguinte. A modernidade, que começou com a circulação (livre ou forçada) de todos os agentes econômicos, acaba parindo, nem mais nem menos, a proibição da viagem. Como assim? Pois é, viajar não tem nada a ver com férias num resort ou com ser transportado de cidade em cidade para que os cicerones nos mostrem as coisas "memoráveis".
Para começar, viajar é usar uma passagem só de ida.
- Quanto tempo você vai ficar?
- Não faço a menor idéia. Um dia? Três meses? Um ano?
- E você vai para onde?
- Não sei. Talvez eu curta uma pequena enseada, alugue um quarto numa casa de pescadores e fique comendo caranguejos com os pés na areia. Talvez, já no avião ou pelas ruas de Barcelona, eu me apaixone por uma holandesa, um russo ou uma argelina e os siga até o país deles, por uma semana ou um mês.
Se a paixão durar, ficarei por lá.
- E o dinheiro?
- Não sei, meu amigo. Toco violão, posso ganhar um trocado numa esquina ou no metrô. Também posso lavar pratos, ajudar na colheita, cortar lenha, lavar carros e vender pulôveres. E, se a coisa apertar, tenho endereços de parentes e conhecidos que nem sabem que estou viajando, mas não me recusarão uma sopa e um banho quente. Além disso, em Paris, quando fecha o mercado da rua Saint Antoine, sobram na calçada as frutas e as saladas que não foram vendidas; em São Paulo, Londres e Nova York, conheço dezenas de igrejas que oferecem um pão com manteiga; em Varanasi, ao meio dia, distribuem riso com curry e carne aos peregrinos.
Cem anos depois da invenção do passaporte com fotografia, chegamos nisto: uma ordem que só permite se movimentar para consumir férias ou para se relocar segundo os imperativos da produção.
As regras que barram o viajante expressam nossa própria miséria coletiva: perdemos de vez o sentimento de que a vida é uma aventura. Preferimos a vida feita à vida para fazer.
Para quem quiser ler sobre a história da documentação de viagem, uma sugestão: "Invention of the Passport: Surveillance, Citizenship and the State" (invenção do passaporte: vigilância, cidadania e o Estado), de Torpey, Chanuk e Arup (Cambridge University Press).
Para quem quiser viajar, outra sugestão: a mentira, num mundo opressivo, é uma forma aceitável de resistência.
-retirado da Folha de São Paulo, caderno Ilustrada - 13/03/2008
É proibido viajar
A modernidade, que começou com a livre circulação, acaba proibindo a viagem
NO EPISÓDIO dos jovens pesquisadores brasileiros barrados em Madri, as autoridades espanholas agiram como se o cônsul-geral do Brasil contasse lorotas para facilitar o trânsito de imigrantes ilegais. O desrespeito justifica a "retaliação" brasileira.
No mais, a cada dia, as fronteiras do mundo (não só do primeiro) barram alguém que tenta viajar, sobretudo se for jovem, solteiro e sem as aparências de uma "vida feita".
Ao atravessar uma fronteira, o passaporte prova que estamos em paz com a Justiça de nosso país. As outras nações devem decidir se somos hóspedes desejáveis. Nas últimas décadas, as "condições" para ser desejável se multiplicaram. Hoje, no caso da Espanha: 1) 70 por dia de permanência planejada; 2) passagem de volta marcada; 3) reserva de hotel, já pago; 4) para quem se hospedar com parentes, formulário preenchido pelos mesmos; 5) quem se desloca para trabalhar deve dispor de um contrato assinado. Normas muito parecidas valem na maioria dos países.
O escândalo é que essas condições podem nos parecer "aceitáveis". Afinal, qualquer Estado quer proteger o emprego de seus cidadãos impedindo a chegada de imigrantes não-autorizados, não é? Pois é, Michel Foucault é mesmo o pensador para os nossos tempos: o sistema social e produtivo dominante ordena nossas vidas furtivamente, convencendo-nos de que não há opressão, mas apenas necessidades "racionais". Se achamos essas regras "aceitáveis", é porque já adotamos a idéia de que, no nosso mundo, só é legítimo ter moradia fixa e profissão estável.
As pessoas com moradia fixa podem, quando elas dispõem dos meios necessários, adquirir uma passagem de ida e volta e sair de seu lar seguindo um programa pré-estabelecido -ou seja, podem ser, ocasionalmente, turistas.
Escárnio: prefere-se que os turistas sejam otários, pagando de antemão. Há uma pousada melhor da que estava prevista? Você quer encurtar a viagem? Pena, você já pagou. Mas isso é o de menos. Importa o seguinte. A modernidade, que começou com a circulação (livre ou forçada) de todos os agentes econômicos, acaba parindo, nem mais nem menos, a proibição da viagem. Como assim? Pois é, viajar não tem nada a ver com férias num resort ou com ser transportado de cidade em cidade para que os cicerones nos mostrem as coisas "memoráveis".
Para começar, viajar é usar uma passagem só de ida.
- Quanto tempo você vai ficar?
- Não faço a menor idéia. Um dia? Três meses? Um ano?
- E você vai para onde?
- Não sei. Talvez eu curta uma pequena enseada, alugue um quarto numa casa de pescadores e fique comendo caranguejos com os pés na areia. Talvez, já no avião ou pelas ruas de Barcelona, eu me apaixone por uma holandesa, um russo ou uma argelina e os siga até o país deles, por uma semana ou um mês.
Se a paixão durar, ficarei por lá.
- E o dinheiro?
- Não sei, meu amigo. Toco violão, posso ganhar um trocado numa esquina ou no metrô. Também posso lavar pratos, ajudar na colheita, cortar lenha, lavar carros e vender pulôveres. E, se a coisa apertar, tenho endereços de parentes e conhecidos que nem sabem que estou viajando, mas não me recusarão uma sopa e um banho quente. Além disso, em Paris, quando fecha o mercado da rua Saint Antoine, sobram na calçada as frutas e as saladas que não foram vendidas; em São Paulo, Londres e Nova York, conheço dezenas de igrejas que oferecem um pão com manteiga; em Varanasi, ao meio dia, distribuem riso com curry e carne aos peregrinos.
Cem anos depois da invenção do passaporte com fotografia, chegamos nisto: uma ordem que só permite se movimentar para consumir férias ou para se relocar segundo os imperativos da produção.
As regras que barram o viajante expressam nossa própria miséria coletiva: perdemos de vez o sentimento de que a vida é uma aventura. Preferimos a vida feita à vida para fazer.
Para quem quiser ler sobre a história da documentação de viagem, uma sugestão: "Invention of the Passport: Surveillance, Citizenship and the State" (invenção do passaporte: vigilância, cidadania e o Estado), de Torpey, Chanuk e Arup (Cambridge University Press).
Para quem quiser viajar, outra sugestão: a mentira, num mundo opressivo, é uma forma aceitável de resistência.
-retirado da Folha de São Paulo, caderno Ilustrada - 13/03/2008
terça-feira, 11 de março de 2008
Breathless
Às vezes a gente quer largar tudo e sair correndo. É uma puta covardia da nossa parte. E daí? Somos todos covardes mesmo. Queria sair correndo, desaparecer e voltar daqui uns 5 anos, mais magra, com o cabelo laranja e cantando hare krishna hare hare, distribuindo margaridas para as pessoas na rua.
Reencontrar amigos e contar histórias do tempo de estrada, fazer festinha, e depois achar que tudo por aqui realmente tinha se esgotado e você devia mesmo ter se jogado. Não pelos amigos (e família), que são a parte mais importante da sua estadia estagnada por esses lados, mas por todo o resto.
Queria me enfiar numa comunidade hippie, colocar flores no cabelo e fazer colar de miçangas. Andar descalça na grama e chorar ao ver o mar. Ganhar cadernos e escrever minhas bobagens olhando o mundo de outra janela que não a virtual. Enfiar o pé na areia e sentir que o mundo é muito maior do que viagens de ônibus e corridas contra o tempo.
Queria passar o limite dos 70 caracteres. Queria me emocionar, me jogar, me molhar, me sujar. Queria poder não pensar no extrato da minha conta corrente. Ouvir as notas de um piano e ser uma cantora de jazz com um cravo preso na orelha esquerda, os olhos esfumaçados num bar de paredes vermelhas.
Queria que o desejo destes olhos encontrasse o daqueles outros olhos. Queria que o simples da vida não fosse tão difícil de alcançar.
Reencontrar amigos e contar histórias do tempo de estrada, fazer festinha, e depois achar que tudo por aqui realmente tinha se esgotado e você devia mesmo ter se jogado. Não pelos amigos (e família), que são a parte mais importante da sua estadia estagnada por esses lados, mas por todo o resto.
Queria me enfiar numa comunidade hippie, colocar flores no cabelo e fazer colar de miçangas. Andar descalça na grama e chorar ao ver o mar. Ganhar cadernos e escrever minhas bobagens olhando o mundo de outra janela que não a virtual. Enfiar o pé na areia e sentir que o mundo é muito maior do que viagens de ônibus e corridas contra o tempo.
Queria passar o limite dos 70 caracteres. Queria me emocionar, me jogar, me molhar, me sujar. Queria poder não pensar no extrato da minha conta corrente. Ouvir as notas de um piano e ser uma cantora de jazz com um cravo preso na orelha esquerda, os olhos esfumaçados num bar de paredes vermelhas.
Queria que o desejo destes olhos encontrasse o daqueles outros olhos. Queria que o simples da vida não fosse tão difícil de alcançar.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Não é à Toa que Ele é o Homem da Minha Vida
Qual é o sonho dos anos 80 para você, John?
Bem, você faz seu próprio sonho. É a história dos Beatles, não é? É a história de Yoko. É o que eu digo agora. Faça seu próprio sonho. Se você quer salvar o Peru, vá salvar o Peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não dotá-lo de líderes ou parquímetros. Não espere que Jimmy Carter ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo venha e o faça por você. Você tem de fazê-lo sozinho. É o que os grandes mestres têm dito desde que os tempos começaram. Eles podem apontar o caminho, deixar indicações e instruções em variados livros que são chamados de sagrados e venerados por suas capas, e não por aquilo que dizem, mas as instruções estão aí para que todos as vejam. Sempre estiveram e sempre estarão. Não há nada de novo sob o sol. Todos os caminhos levam a Roma. E as pessoas não podem fazê-lo por você. Eu não posso te despertar. Você pode se despertar. Eu não posso te curar. Você pode se curar.
O que impede as pessoas de aceitarem essa mensagem?
O medo do desconhecido. É esse medo que impede todo mundo para os sonhos, as ilusões, as guerras, a paz, o amor, o ódio, tudo isso – é ilusão. É isso o desconhecido. Aceite o desconhecido e será uma viagem tranqüila. Tudo é desconhecido – aí você estará à frente do jogo. É o que é. Certo?
(John Lennon, em entrevista publicada pela Playboy. Do arquivo de Renato Modernell)
Bem, você faz seu próprio sonho. É a história dos Beatles, não é? É a história de Yoko. É o que eu digo agora. Faça seu próprio sonho. Se você quer salvar o Peru, vá salvar o Peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não dotá-lo de líderes ou parquímetros. Não espere que Jimmy Carter ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo venha e o faça por você. Você tem de fazê-lo sozinho. É o que os grandes mestres têm dito desde que os tempos começaram. Eles podem apontar o caminho, deixar indicações e instruções em variados livros que são chamados de sagrados e venerados por suas capas, e não por aquilo que dizem, mas as instruções estão aí para que todos as vejam. Sempre estiveram e sempre estarão. Não há nada de novo sob o sol. Todos os caminhos levam a Roma. E as pessoas não podem fazê-lo por você. Eu não posso te despertar. Você pode se despertar. Eu não posso te curar. Você pode se curar.
O que impede as pessoas de aceitarem essa mensagem?
O medo do desconhecido. É esse medo que impede todo mundo para os sonhos, as ilusões, as guerras, a paz, o amor, o ódio, tudo isso – é ilusão. É isso o desconhecido. Aceite o desconhecido e será uma viagem tranqüila. Tudo é desconhecido – aí você estará à frente do jogo. É o que é. Certo?
(John Lennon, em entrevista publicada pela Playboy. Do arquivo de Renato Modernell)
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