quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vermelho

Entre os lençóis brancos, sua pele vermelha rasgava-se em desejos contidos em seu corpo. Esticava-se em paixões guardadas em segredo. Estirava-se, escolhia-se, sorria-se inteira. Para ele, para ela.

Agarrava-se, enfiava as unhas nas costas, no colchão, na pele. Sangrava de dentro para fora, e de fora para dentro. Sangravam seus olhos e seu corpo latejava, ardia.

Esprimia-se em expressões, em corpos, em excitações. Sentia e vibrava com toques. Desejava o desejo dele que a desejava e a possuia. Ela o possui. Era dela aquele corpo quente que pesava sobre o seu, que esquentava o seu.

Sacrificavam-se. Amavam-se.

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