Não fui trabalhar ontem. Agilizar a vida acadêmica vem em primeiro lugar para mim, apesar das últimas semanas, nas quais não consegui desligar meu cérebro do mundo corporativo. No geral, a graduação é uma atividade que me dá mais gás para ir andando e fazer me sentir menos burra, mesmo quando saio de algumas aulas achando que sou uma completa ignorante.
Pois então, não fui trabalhar para trabalhar em casa. Ler, escrever, pensar, ler, divagar, fumar, escrever, pensar, tomar café. E como não podia imaginar, foi um dia cheio de aventuras. Sentei confortavelmente numa cadeira de plástico no meu quarto (pfff...preciso comprar outra cadeira, talvez as dores na minhas costas sejam provenientes do conforto invejável que esta cadeira proporciona) e lendo um texto que já havia lido há 2 anos, comecei a entender como se fosse a primeira vez que estivesse lendo aquilo tudo - a luz do meu quarto queimou. Puta que pariu. Azeda, saí xingando a minha sorte. Procurei em todas as gavetas e armários e acabei roubando a lâmpada do corredor do meu enorme apartamento. Troquei honestamente a bendita e sentei novamente para escrever algumas notas que me ajudariam a escrever o texto que começou a fazer sentido na minha cabeça durante o trabalho braçal de torcer a lâmpada no teto do meu quartinho 2,5x2,5.
Alguns impressões na máquina que já estava virando peça de altar, o cartucho acabou. Puta que pariu. Saí mais uma vez xingando com o azedume cada vez mais latente. Liguei para o help desk - meu irmão, e finalmente troquei a porra da tinta da impressora.
Leio mais um pouco. Alguém bate a porta. Meu pai 'vc quer um pastel?'. Lógico, de carne. Leio mais um pouco, mais algumas anotações. 'Vamos almoçar? Papai trouxe o pastel'. Lógico.
Minha mãe muito contente com a nova tinta da impressora me pede para imprimir aquele manual ma-ra-vi-lho-so e super essencial para os decretos das meditações para Fraternidade Branca, da qual ela faz parte juntamente com os 12 Mestres Ascencionados - um deles para o qual deveria me dedicar, Confúcio - mestre da sabedoria do Raio Amarelo. Imprimo o manual.
Depois do suporte técnico dado em troca de pastéis, cigarros, almoço e café, volto ao meu quarto e continua a mesopotâmica jornada que havia começado naquela longinqüa manhã.
O dia não poderia terminar sem uma meditação familiar em busca de paz e benção de anjos, mestres, luzes e raios. Minha família não existe.
2 comentários:
Aaaaaaaaaadorei esse texto!!!!!
Muito bem narrada a sua "epopéia" deste dia de "folga"!!!
Beijos!!!!
Esqueci de comentar q adorei o novo layout!!!
bjos!
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