Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem opano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam anil, ensaboam e torcem mais uma, duas vezes. Depois enxágüam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
Graciliano Ramos
Ganhei esse trechinho de Luna, uma fofinha que lê os meus posts e comenta pelo messenger. rs. Ela me deu de presente de despedida - a dela - qd deu linha do yahoo.
Beijo
2 comentários:
Presentes como esse mostram que vale a pena ter amigos que só a gnt sabe o valor que têm...lindo presente...
Que presente mais bonito!!
Beijomeligateadoro!
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