terça-feira, 29 de junho de 2010

Do we really need a doctor?

Não te parece fuga procurar um médico por que a vida anda um marasmo? Porque você acha um saco resumir sua semana em ir e voltar do trabalho. Porque você espera mais do que simplesmente acordar, trabalhar e dormir. Porque você quer a mesma disposição que tinha alguns meses atrás. Não te parece absurdo estar na dúvida entre fazer dança de salão, curso de francês ou terapia? Você não fica angustiado de ver que não há motivo algum para sua tristeza? Porque, no final das contas, ou como diria uma péssima professora que eu tive, no final do dia, você nunca esteve tão bem. E agora, mudando o pronome de você para mim, porque eu sei mais sobre mim mesma do que posso supor sobre você que passa por essa página perdida, eu tenho certeza que não há nada de errado. Minha vida anda bem, obrigada. Por mais que meu trabalho esteja ainda longe do que idealizo quando penso em ganhar a vida escrevendo, está bem mais perto do que fazia até 3 meses atrás. Ganho bem mais do que pensei em ganhar esse ano. Namoro o amor da minha vida, por mais cafona que isso possa soar nos seus ouvidos, caro leitor. Por mais que ele talvez nem goste de ler essa referência aqui.

Então, que catzo de problema eu tenho para continuar sofrendo perdida?
Você pode chutar depressão...e eu rebato com constatação. Da merda de vida? Não, bein! A vida não é uma merda. Não o tempo todo. A merda é se ligar que você passa um tempão se preocupando com as contas e esquece de prestar contas aos seus desejos, porque a imediatice da vida está a toda hora batendo em sua porta, pulando no messenger, chegando em e-mails, cartas, e toda sorte de cobranças, das financeiras às pessoais.

Então, eu ando tristonha porque percebi que a vida é isso com alguns momentos de felicidade? É porque eu perdi a ilusão de algo sensacional vai acontecer a qualquer instante? É porque eu espero espero, mas nada vai chegar?

E como chama isso tudo?

Se você disser depressão eu pulo no seu pescoço.

Como chama esse nó na gargante de quem aguarda o que não sabe e nem se vem? Como chama esse desejo de querer dividir, de querer contar e não estar só? Como chama essa necessária solidão que fica cada vez mais melancólica e insuportável, a ponto de me fazer dormir cedo para que o dia seguinte comece mais rápido e que esse termino logo?

Eu sou naturalmente ansiosa e afobada. Não consigo pensar demais para agir mas penso o tempo todo em tudo com todas as possibilidades possíveis. Talvez o nó, a angústia seja disso? Mas eu vou viver assim para sempre?

O pior é que não terei respostas, nem palpites.
Obrigada pelo silêncio.

6 comentários:

¿Doubter? disse...

O melhor texto que você escreveu.
Você é o amor da minha vida, triste, feliz, gritando, quieta, lendo, escrevendo, pensando, bêbada ou sóbria!

Marina Pavelosk Migliacci disse...

obrigada por entender.

Ti disse...

eu tambem entendi, Ma. e pra parar de pensar desse jeito eu tomo antidepressivo! hahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Marina Pavelosk Migliacci disse...

i should too, ti

Paula Oliveira disse...

Ahh, vamos fazer dança de salão!

Thá Jong disse...

Caracólis.... just me!