domingo, 4 de novembro de 2007

Conspiração Universal - Parte II

Ele tirava os cachos de frente dos olhos dela. Ela sorria e olhava fundo em seus olhos que olhavam fundo os olhos dela. Eles não viam nada além daquele brilho escuro e daquela alegria de pupilas saltando o rosto.

Suas mãos corriam pelas costas dela, gelada, esquentando-na - por dentro. As delas corriam por aquele rosto que sorria e gelava no toque de lábios próximos em sonho.

Escutavam a respiração ofegante um do outro. Ele a tocava na orelha, no pescoço, beijava-o. Beijava seu corpo entre milhares de outros possíveis. Beijava os sonhos de corpos e era o dela que desejava, que ansiava, que queria.

Esta manhã de domingo era chuvosa, nebulosa, fria. Aquele quarto não estava laranja, mas cinza, explodindo em vermelho, verde, azul - brilhando de olhos fechados.

Thörm mandava raios, trovões, água. Acima a os espreitar, ele corria a mão sobre aquela folha longa de seu livro em branco.

Ele sussurrou 'eu te amo'. Ela fechou os olhos e dormiu aquelas palavras em silêncio. Chovia lá fora e o vento uivava no escuro.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Arrupiô"! Preciso ficar mais completa disso... vou buscar a parte I e conversamos... no elevador!
sucesso!

Anônimo disse...

Gostei muito do seu novo post, bonito o texto: conciso e bem escrito - vc tem uma ótima gramática e, adicione-se a isso uma doce sutileza poética. Parabéns!!! :-D

leo disse...

vou vomitar

Anônimo disse...

Thörm manda água, raios, trovões... pra que os dois continuem vivendo esse momento infinitamente. Já tô esperando a parte III...rs

Bjomeliga!