Ai como uma desilusão pode dar dor de barriga. A decepção de ver que aquele cara bonitinho e fofinho, inteligente e doce não é mais bonitinho, fofinho, inteligente e doce. Ele foi. Para você não é mais. A verdade é que o interesse e o foco não é mais você. Agora ele se dedica a cultivar esse tipo de ilusão em outra pessoa. Até que ache outro de seus ideais espalhados pelas noites por aí e troque, de novo, o foco de seu empenho.
A psicanálise diz que quando amamos, ou nos apaixonamos, o fazemos pelo nosso ideal. Nós nos apaixonamos e vemos no outro, projetamos nosso ideal no outro. Assim, ser amado e querido pelo nosso ideal transforma o sentimento de ser amado em uma situação extremamente satisfatória e 'orgástica'. Para que essa situação se mantenha, precisamos da dificuldade desse amor. Ou seja, precisamos que esse amor seja difícil...distante, para que nosso ideal continue nos amando e, o mais importante, para que continuemos amando aquele que é para nós o ideal. Sem a distância, esse ciclo quase infinito não se mantém. Ele desmorona quando há a percepção de que aquele não é o que tínhamos pensado que era. Na verdade, o engano foi nosso. Isso não é uma característica feminina. É uma característica básica da paixão. Paixão esta que, aliás, é um processo fisiológico.
Nosso cérebro, quando acionado de alguma forma por algum dos sentidos, começa a liberar feniletilamina, substância que causa a euforia conhecida da situação de estar apaixonado - dor no estômago, suores, tremores, entre outros. Acontece que esta substância é liberada por um tempo determinado. Ela não é infinita. Portanto, nenhuma paixão é eterna. Ela tem prazo de validade - 6 meses, segundo cientistas.
Aí que vêm a interrogação que assombra a vida das mulheres e de alguns poucos homens - 6 meses? Acontece que estes meses têm vencido muito antes. Em 6 meses consigo conhecer umas 6 pessoas e 'manter' essa feniletilamina sendo liberada por no máximo um mês. O que eu faço de errado? Que tipo de ação deve ser praticada para que esta reação se prolongue por mais 5 meses e esse prazo valha na prática e não só na teoria científica?
Pois é. Para responder a essa eterna discussão este blog foi gerado. Acontece que parece haver um padrão nas ações masculinas e, mesmo fugindo do padrão das ações femininas, o resultado é negativo. Mesmo não sendo aquela mulherzinha chata e grudenta, ciumenta e infantil. Mesmo tentando ser um pouco mais do que um encontro a cada 15 dias, mesmo assim, as coisas tendem a duram 2, 3 encontros, e casuais, diga-se de passagem.
O espanto que não deveria ser espanto, é que aquilo que mais aborrece e amedronta os homens não é essa mulher chata e que não sabe conversar, essa grudenta e comum. Não. Essas das quais, como amigas, afinal sempre viramos amigas, reclamam e dizem fugir, são as que fazem com que eles liberem mais, ou por mais tempo a tal da feniletilamina. E nós...Bom, nós somos mais interessantes para manter uma conversa boa, uma discussão de qq assunto ou uma cerveja em um bar qq, numa sexta ou sábado à noite. A verdade é que somos nós que botamos medo nestes homens. A verdade é que estes homens não conseguem dividir a atenção, a inteligência, a fofura e a doçura com uma mulher. Precisam de uma garota, uma menina para chamarem de 'docinho', 'bonita' e afins e mostrarem para todo mundo o ideal de qq coisa que conseguiram alcançar. Enquanto isso, a mulher com a qual a coragem faltará sempre para o desenvolver de um relacionamento maior do que amizade, passa por inúmeras experiências, inúmeros cambas, leva e recebe grande parte deles, e no fim, chega a cafonice de escrever em um blog sobre tudo isso para se divertir às custas daquilo que a incomoda.
É isso mulheres. Como uma boa terapia em grupo, em tom de pensamento afirmativo, nós somos boas demais. Nós nos divertimos e divertimos os outros. Chegamos ao cúmulo de dar conselhos a ex-qq coisa e ainda terminamos tudo isso com uma cerveja e uma seleta em qq bar espalhado por essa cidade. E brindando. Sempre a nós. E é a nós que eu dedico este blog. E aos nossos lamentos escondidos em brincadeiras. A nossa tristeza e talvez solidão escondidos em nomes bizarros criados na hora do almoço ou no café do final da tarde. É a nós.
7 comentários:
poxa, beu.
tenho que dsicordsar! eu, como um apaixonadso pelas bulheres, dsigo e afirbo assim bem firbebentse, que essa tsal de feniletilabida é uma farsa. Freudzi dão exblica o beu abor incondicional que dsura décadas já por binha bulher. Freudzi dsão exblica! será que perdsi algo?
Fiquei um pouco alteradso assim com esse postsi.
Fridammmm, querida...
Falou grandes verdades, racha! Por vezes bem doídas, mas, fazer o quê? São fatos! Continuemos brindando, rindo e choramingando até a era dos cambas chegar ao final!
Bzu, gata!
é acostumar com a insignificância dos homens e tocar a vida, sweetheart. Os homens heteros são todos burros e pensam com a cabeça de baixo - Mulheres temos todo o poder em nossas mãos e entre as pernas e em outras partes também.
Mother is watching they!
em tempo: mother is shitting for them.
Mona,
Me emocionei! Droga! Droga! Aaaaaaa detesto ficar emocionada! Borra maquiagem, dá ruga! Saco!
Acima deles, sempre nós! Se bem que, por baixo e de ladinho tb é tudo, né? Ahahaha
Seres superioras!
Esqueçam esse babado da feniletilamina! A grande moda agora é o hormônio oxitocina, aquele responsável pelas memórias de atividades vivenciadas em grupos! Ele provoca um efeito delicioso no sistema nervoso que desencadeia sensações sensoriais semelhantes àquelas provocadas pelas atividades gostosas, àquelas que envolvem a penetração, sabem?! Aiiiiiiii
Outra coisa, gatas, acho que ta na hora de priorizar a qualidade! Abafar mesmo aquele bofe “mediano”, do tipo “aaa, então tá, então vai, né...melhor do que ir embora sem um amasso hoje” aaaaaaa não! Não acho chique, nem justo!
A nós!
Muah!
Frida querida.
Arrasou no texto “científico”!
Adorei, embora em alguns momentos eu tenha sentido vontade de chorar... como podem alguns homens serem tão medrosos? Oh dor!
Por isso, continuemos postando e rindo dos nossos lamentáveis episódios envolvendo cambas. E um brinde a nós!
Muah
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